segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre coisas que não são justas

Muitas coisas nessa vida não parecem fazer muito sentido. Principalmente o fato de estarmos aqui pra nada, afinal de contas o resultado final de tudo isso é 7 palmos pra baixo e nada fica. Você sorri, chora, se sente esperta, estuda, ganha dinheiro mas nunca tem dinheiro, perde tempo, deixa coisas importantes pra serem ditas depois, finge uqe não percebe que o tempo passa, finge que acredita que certas coisas são importantes, finge que não sente falta de brincadeiras idiotas. E aí, de repente, um solavanco da vida te faz perceber que nada é de verdade, que todos se vão e nada fica. Ta certo, mas ainda tem coisas mais injustas que isso. Quando a vida segue seu rumo "normal" nós ainda tendemos a nos conformar, mas quando a coisa acontece fora de ordem......
eu perdi meu pai com 3 anos. Não, isso não é justo. Não se pode deixar uma criança crescer sem pai. Não se pode deixar uma mãe sem o marido com filhos pequenos. Fiquei um tempo de mau com Deus, mas depois me consolei com a idéia de que ele precisava de uma garota forte pra perder o pai e que eu era a garota escolhida. Me senti importante pra não me sentir abandonada. Maaass o que é um perder um pai pra quem é criada com o avô? Eu tive pai sim, me criou, me educou, me mimou, brigou comigo, me falou sobre regras e morais que não fazem o menor sentido. Me fez acreditar que eu era uma princesa. Certamente o homem que mais me amou e que eu mais amei nessa vida toda foi o meu avô. Então me diz, me diz se não é no minimo no minino razoavel pedir que ele dure pra sempre? Oras oras, você não pode tirar o pai de uma criança duas vezes na mesma vida. Ele ainda tem que me levar na igreja, me entregar pro meu marido e aí sim, eu vou ter outro homem pra amar e pra me cuidar.
Mas não é o que parece estar acontecendo.
Não interessa. Não vou deixar.
Sei que ele vai ficar bom, sei que ele vai porque TEM que ficar. Porque eu preciso dele. Por que é o justo. E a vida já esta cheia de tantas injustiças.
Pelo menos até eu crescer...
Por favor.

Nenhum comentário: