Acreditei que isso nunca ia acontecer, e que se um dia acontecesse eu iria me recolher. Mas quando a coisa acontece, dói tanto, mas dói tanto que não tem como fingir que não ha nada de errado. Morreu um pedacinho de mim. Um pedacinho alegre, sorridente. Morreu um pedacinho da bióloga, da mãe, da amiga, da apaixonada, morreu um pedacinho da pessoa sincera, da espivitada, morreu um pedacinho de tudo que eu sempre me orgulhei de ter. Todos nós erramos tanto, erramos muito e temos o direito de consertar, de repensar de reaprender.
Nossa, quanto eu errei nesses últimos tempos, em toda essa vida. Mas de uns tempos pra cá eu resolvi errar de cabeça erguida. Eu resolvi encarar as coisas de frente, eu resolvi dar a cara a tapa. Eu acreditei. Mas acreditar não é o pior. Eu vou continuar acreditando, eu vou continuar buscando. Eu juro que vou. Vou rezar pra Deus não desistir de mim. Quem sabe não é um sinal?
Dois Ágapes aqui em casa em diferença de dias. Quem sabe o outro não é pra mim?
Não vou me sentir culpada. Não vou nunca. Apesar de todos os erros que eu possa ter cometido. Queria que tudo fosse um sonho ruim, mas não é. Vou precisar de um tempo pra me recolher, pra me refazer, pra me reerguer, mas vai chegar, sempre chega.
Obrigada pela paz de espírito, pela cabeça erguida e por não ter deixar eu me arrepender de nada.